Só de pensar em passar trinta dias longe de tudo, já bate uma sensação de alívio bem de leve. Ô maravilha!
Nos primeiros dias, que beleza! A gente respira fundo, pra guardar bem os novos ares! Quer sair para todos os lugares, reparar nas feições das pessoas, rir dos sotaques, comer os pratos típicos, abraçar todo mundo, fotografar...
O tempo vai passando, e já começa a bater a saudade de casa, a cama incomoda, a comida é diferente demais, o ambiente... Depois que a gente gasta tudo o que pode e também o que não pode, a coisa começa a perder a graça... Ainda mais quando parece que as roupas não caem bem, o cabelo não tá legal, a pele estranha,etc. Ai,ai,ai...
O desespero começa a tomar conta, os problemas são relembrados (ai caramba, por que eu não aproveitei esse tempo livre para adiantar as coisas?). O mais devastador é a saudade, não do que ficou, mas de quem ficou! A gente larga tudo, mas o coração não larga os hóspedes assim tão facilmente. Começamos a ter alucinações da rotina de casa, a rede depois do almoço ( por cinco minutos toda quinta-feira), o ter que acordar mais cedo, o chão, a terra no sapato, a
desorganização mais desorganizada do mundo... Queremos voltar pra casa a qualquer custo!